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Adolescente morre com suspeita de dengue no interior do Acre e Saúde investiga caso

Adolescente morre com suspeita de dengue no interior do Acre e Saúde investiga caso

Exame, que sai em até 30 dias, deve confirmar causa da morte. Se confirmada, essa vai ser a terceira morte por dengue grave em Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

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Uma adolescente de 16 anos morreu, nesta quinta-feira (2), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.

O coordenador de Vigilância Epidemiológica do município, Nicolau Abdalah, informou que a adolescente, que morava no bairro Santa Helena, deu entrada no hospital com quadro clínico grave e com suspeita de dengue.

A adolescente chegou a dar entrada duas vezes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas teve alta. Em seguida, ao chegar no Hospital do Juruá, foi encaminhada direto para a UTI em estado grave.

O exame de sorologia deve confirmar a causa da morte dela. O resultado deve sair em até 30 dias. Se confirmada, essa vai ser a terceira morte por dengue grave no município em menos de dois meses.

No dia 6 de novembro, a comerciante Neiva Nascimento, de 42 anos, morreu no mesmo hospital. De acordo com a Saúde do município, o exame de sorologia confirmou que ela morreu por dengue grave.

A segunda morte foi pouco tempo depois, no dia 28 de novembro. A vítima é uma mulher de 46 anos que não teve o nome o revelado pela Saúde.

Uma idosa de 75 anos que morreu no mesmo hospital no dia 2 de dezembro também estava com suspeita de dengue grave, mas segundo o coordenador, o exame descartou que a morte foi causada pela doença.

 

Mais de seis mil casos suspeitos

 

Com mais de seis mil casos de dengue suspeitos e cerca de 2,3 mil confirmados, a cidade de Cruzeiro do Sul enfrenta um surto da doença. Para tentar reduzir os casos, o município tem feito uma verdadeira força-tarefa.

Os bairros Remanso, Várzea, Cobal, Telégrafo, Cruzeirão e São José são os que concentram a maior parte do número de casos registrados da doença e apresentam maior incidência do mosquito.

“Todas as ações preconizadas pelo Ministério da Saúde nós estamos executando em tempo hábil. Estamos usando larvicida, testes rápidos, que foram comprados pela prefeitura, duas UBS que estão ficando abertas das 7h às 19h, sem número de fichas para os médicos atenderem. Além de visitas domiciliares e arrastões de limpeza pública e de educação em saúde”, disse o coordenador.

Abdalah destacou ainda que as pessoas procurem uma unidade de saúde assim que sentirem qualquer sintoma da doença e não deixem para procurar somente quando a doença agravar. Ele também ressaltou a importância da participação da população no combate ao mosquito da dengue.

“Temos uma força-tarefa trabalhando com isso, mas precisamos do apoio da população. O último levantamento mostrou que o mosquito está nascendo na casa das pessoas, então a população tem que entender que se o mosquito não nascer, não tem doença. Sem esse apoio das pessoas, é difícil”, concluiu

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